Financiar um imóvel é um jeito simples e inteligente de acelerar o sonho da casa própria sem o risco de ficar no vermelho.
No entanto, é preciso conhecer muito bem os tipos de financiamento imobiliário existentes para saber qual deles se encaixa melhor no seu perfil de compra. É isto que vai garantir sua tranquilidade para arcar com as parcelas: a escolha de condições compatíveis com seu bolso.
Contar com uma imobiliária parceira ajuda bastante nesse processo. Afinal, os corretores especializados descomplicam os aspectos burocráticos da transação e auxiliam na escolha do melhor tipo de financiamento.
Neste post, explicamos as características de cada modalidade e listamos alguns aspectos fundamentais para você considerar na hora da escolha. Confira!
Quais os tipos de financiamento imobiliário existentes no Brasil?
No mercado imobiliário brasileiro, as duas formas básicas de financiar um imóvel são pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) ou pelo Sistema Financeiro Imobiliário (SFI). A principal diferença se dá no cálculo das parcelas, considerando-se que o SFH tende a ter uma taxa de juros um pouco maior.
Dentro dessas modalidades, existem ainda três formas de amortização, ou seja, de quitação da dívida: as Tabelas Price, SAC e Sacre. Em seguida, explicamos as características dos diferentes tipos de financiamento e as regras de amortização.
SFH
Quem recorre ao Sistema Financeiro de Habitação (SFH) geralmente é atraído pelas menores taxas de juros, além de contar com o auxílio do FGTS na transação.
Contudo, há uma série de critérios que devem ser cumpridos ao optar por esse tipo de financiamento. A compra de imóveis comerciais, por exemplo, é proibida nessa modalidade. Vamos às principais características:
- a taxa de juros anual do SFH não pode ultrapassar 12%;
- o imóvel deverá ser obrigatoriamente para fins residenciais;
- o imóvel deverá ser a primeira propriedade do comprador e estar sediado onde ele mora ou trabalha;
- o valor máximo do imóvel é de até R$ 750 mil;
- o prazo máximo de financiamento é de até 420 meses (35 anos);
- o limite do financiamento é de até 90% na Tabela SAC e de até 80% na Price;
- os recursos do FGTS podem ser utilizados na compra, sob normas pré-definidas.
SFI
O Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) permite financiar o valor total da propriedade e é muito requisitado por quem deseja adquirir o segundo imóvel, aumentar o patrimônio ou fazer investimentos. No entanto, as taxas de juros tendem a ser mais elevadas. Outro ponto negativo é que o FGTS não pode ser utilizado na transação.
Vamos às principais características da modalidade:
- a taxa de juros anual costuma ser maior do que 12% ao ano, variando conforme as instituições financeiras;
- o imóvel financiado pode ser para fins residenciais ou comerciais;
- o imóvel não precisa ser a primeira propriedade do comprador nem estar sediado onde ele mora ou trabalha;
- o prazo máximo de financiamento é de até 420 meses (35 anos) para um bem residencial e de até 120 meses (10 anos) no caso de um imóvel comercial;
- o limite do financiamento é de até 100% em qualquer tabela;
- não há limite de valor para a propriedade.
Tabela Price
A grande diferença entre as tabelas é a forma de amortização da dívida, isto é, a maneira como as prestações serão quitadas. Na Tabela Price, o valor das parcelas é sempre igual. Já na SAC, esse valor diminui ao longo do contrato.
Geralmente, quem financia um imóvel na Price está mais atento ao planejamento financeiro de longo prazo, pois sabe que precisará passar todo o período contratual arcando com parcelas do mesmo valor.
Tabela SAC
Na Tabela SAC (Sistema de Amortização Constante), podemos dizer que o comprador tem certo respiro ao longo do contrato, já que as parcelas vão diminuindo gradativamente de valor.
No entanto, não podemos deixar de ressaltar que o custo das primeiras prestações será mais alto, o que exige um planejamento inicial muito criterioso para fazer uma boa escolha e evitar saldo no vermelho.
Tabela Sacre
A Tabela Sacre nada mais é do que a junção dos dois sistemas de amortização anteriores em um único financiamento. Desse modo, as parcelas iniciais serão mais elevadas, porém o valor diminuirá após determinado período contratual, o que ajuda a eliminar os riscos de inadimplência.
Pela comodidade dessa junção, a Tabela Sacre tem se tornado uma opção de financiamento bastante requisitada.
O que considerar ao escolher entre os tipos de financiamento imobiliário?
Diversos fatores devem ser considerados antes de se fazer uma escolha entre os tipos de financiamento imobiliário. Alguns deles são fundamentais, pois estão relacionados ao perfil do comprador e ao seu planejamento financeiro de longo prazo. A seguir, confira esses aspectos em detalhes.
Perfil de compra
Como vimos, existem algumas diferenças cruciais entre os tipos de financiamento imobiliário. Essas diferenças estão atreladas ao perfil do consumidor, por isso, é preciso avaliar muito bem seus reais interesses e necessidades antes de tomar a decisão.
Se você vai adquirir seu primeiro imóvel, por exemplo, é provável que o SFH seja mais indicado, até porque tem juros menores, o que evita comprometer sua estabilidade financeira.
Planejamento financeiro
A questão do planejamento tem mais a ver com a forma de amortização escolhida. Afinal, quem opta pela Tabela Price costuma ter um planejamento mais assertivo, isto é, sabe que poderá arcar com aquela determinada quantia todo mês durante todo o período contratual.
Já na Tabela SAC, o planejamento é levemente mais flexível. Como as parcelas diminuem de forma gradativa, o comprador poderá, inclusive, planejar seus investimentos futuros com esse valor abatido das prestações.
Orçamento disponível
Pensar no quanto você tem para gastar no momento exato da compra também é algo decisivo para escolher o tipo de financiamento ideal. Se você precisa financiar o valor total do imóvel, por exemplo, o SFI é a modalidade indicada.
Já a forma de amortização escolhida dependerá da estabilidade da sua renda. Pessoas com renda 100% estável podem assumir parcelas fixas em um contrato mais longo sem risco de inadimplência.
Lendo até aqui, você já percebeu que não existe opção melhor ou pior entre os tipos de financiamento imobiliário. O que interfere nessa decisão é, sobretudo, seu perfil de compra e o que é mais compatível para o seu bolso no momento de assinar o contrato.
É por isso que contar com a orientação de especialistas faz toda a diferença na escolha, de modo a encontrar a opção certa para você.
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